O STF e a destituição de Eduardo Cunha
Um gangster na Presidência da Câmara dos Deputados: assim alguns dos seus pares, deputados federais, referiam-se a Eduardo Cunha. Um dos maiores operadores nas negociatas com a venda de emendas legislativas, achaques a empresários e desvio de verbas públicas por seus apadrinhados e protegidos nomeados nos órgãos do Governo Federal, do Estado do Rio de Janeiro e em empresas estatais. A performance de Eduardo Cunha representava um retrato fiel e real do político brasileiro, mas em uma posição de liderança, vanguarda e criatividade nos assaltos aos cofres públicos. Pelo conjunto da obra, o Supremo Tribunal Federal, em muito boa hora, fez cessar essa sangria, que será completada com sua breve prisão, por pelo menos 20 anos de detenção em regime fechado, devido ao seu altíssimo grau de periculosidade.